terça-feira, 25 de abril de 2023
CRÔNICA - VOTO DE MINERVA
A Língua portuguesa, (oh nossa língua pátria!), esconde palavras para diversas ocasiões.
Numa assembleia de acadêmicos, ou de qualquer agremiação que se reúna em coletividade, coloca-se em debate determinada proposição, tese ou argumento. Há pontos de vistas favoráveis e desfavoráveis, também há os que se emudecem (talvez por ausência de conhecimento, o que é comum).
Votação aberta, se for por aclamação, aprova-se por unanimidade. Mas, por voto secreto, percebe-se uma contagem acirrada. O empate não é tão comum. O presidente é sempre o alvo, e, se houver empate, é dele o desempate, o chamado VOTO DE MINERVA.
Mas que vocábulo sinistro é este que ingressou no dicionário. Debruçado numa rápida pesquisa, vamos à sua origem etmológica, advindo da mitologia grega que se refere à filha de Júpiter, deusa das artes e da sabedoria. Raiou-me por espanto que, a final, concede-se ao líder este mister, como se fosse o dono do saber, da verdade.
Por outro ângulo, é sentar no centro das atenções e sentir a picada da MINERVA, e, eu diria um tanto irônico, por trocadilho: “- não me “NERVA”!...
Rogério Marques Sequeira Costa
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